sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

As linhas se cruzam o tempo todo!
fazem um nó simples, ou um "inatável"
depois do encontro elas seguem o mesmo caminho,
ou mudam drasticamente de direção.

Não sei quantas vezes nossas linhas ja se cruzaram
e não tenho ideia de quão intensas foram as mudanças de rumo.
Mas é um nó eterno.
daqueles que a gente queima com um palito de fósforos.
Derrete e une, um decreto!

Não sei quantas vezes nossas linhas se cruzarão,
mas as vezes sinto como se te procurasse
deixando buracos enormes em algum tipo de teia.

buracos grandes o suficiente prá fazer os deuses quebrarem a perna.

domingo, 4 de outubro de 2009

reflexo

O piso polido e a parede espelhada.
quando eu ando aqui
alguém me imita lá.
Pisar lá deve ser como flutuar
e é onde eu sempre desejo andar.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Correntes

Eu vesti aquele terno como quem veste a armadura.
e levantei aquela rosa vermelha como uma espada.
bati três vezes na porta dela,
com a nobreza de quem decide entrar vivo no caixão.

Eu já sabia que a resposta seria não.
mas que tipo de mim seria eu se não perguntasse?
teria eu sono pra dormir se a duvida me atormenatasse?
tenta e acaba com a agonia então.
foi o que eu me disse.

E depois eu me deixaria livre pra um caminho diferente
entendo que as vezes se dá melhor quem arrisca
porque essa que está aqui (e não outra) é que é A Vida.
eu disse "as vezes"? eu quis dizer "sempre".

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

silabamente, página 2

-Mestre, o que separa o sonho da realidade?
-uma fina membrana de pele que cobre teus olhos enquanto você dorme.
-e como se chama, Mestre?
-sorte ou azar, depende do que você sonhar.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

meu melhor

meu melhor toque
areia movediça
meu melhor visual;

meu melhor tom
minhas palavras
meu melhor cheiro;

meu melhor sabor
sedução,
pra você.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

6:45

Toda manhã ele acorda tonto,
abre as cortinas e deixa o Sol entrar.
Toda manhã ela acorda esperta,
abre um sorriso e deixa o Sol sair.

sábado, 6 de junho de 2009

Nomeável


foi rápido e medroso,
foi como mergulhar numa piscina de cubos de gelo
e sentir o calor brotar do teu corpo,
do interior da alma ao ínfemo da pele.
e derreter tudo!